O Concílio de Trento

as constituições primeiras do arcebispado da Bahia e a arte religiosa no Brasil

Autores

  • Maria Helena Ochi Flexor

Resumo

Se se resgatar a história da religiosidade baiana, desde os inícios do setecentos, verifica-se que os Cristos Crucificados, como o Senhor do Bonfim, a Virgem Nossa Senhora, sob várias invocações, e os Santos, ainda permanecem nas Igrejas, ou em suas dependências, nos museus ou coleções particulares. A presença dessas imagens, sob a forma de pintura ou escultura, em painéis móveis ou fixos, pinturas de teto, imagens de vulto de pequeno ou grande porte, ou de roca ou de vestir, objetos de prata, mobiliário, relíquias e outras representações, mostrando uma certa uniformidade estilística, mas sobretudo devocional, têm explicação direta nas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. Procura-se, nesta comunicação, estabelecer de forma genérica as relações entre as representações artísticas da Bahia e as Constituições, dentro do contexto histórico, considerando que o Brasil nasceu sob a égide da cultura ibérica, religiosamente inserida num mundo romano, sob influência de ordens religiosas regulares, especialmente da Companhia de Jesus, da arte barroca que se difundiu coma Contrarreforma, e das normas do Concílio de Trento (1545-1563) cujos títulos, obedecidos pelas Constituiçõesforam bastante seguidas em todo oBrasil, não só porque impunham um novo comportamento religioso como, em muitos casos, reafirmavam usos e costumes antigos.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAIS