A utilização de compostos à base de cera na escultura policromada dos séculos XVII e XVIII em Portugal
Resumo
No seu Dicionário Ilustrado de Belas Artes , Luís Manuel Teixeira define – ou, melhor dizendo, resume - assim o âmbito da «ceroplástica» (TEIXEIRA, 1985, p. 60):
“Técnica de modelação em cera, branca ou policroma, quer para realização de modelos ou como escultura final. Usada desde a Antiguidade, especialmente na arte funerária, a partir da Idade Média, é empregue em imagens votivas, com o Renascimento, em bustos e medalhas e na época Barroca, em diversas composições de presépios, relevos policromos, etc.”
Pareceu-nos oportuno extrair deste vasto programa apenas algumas das realidades que caracterizam a utilização da cera em Portugal – e que não se limitam à ceroplástica – para mostrar, no estrito domínio da escultura policromada religiosa e para a faixa temporal que se restringe aos séculos XVII e XVIII, quanto este material se prestou às mais judiciosas combinações técnicas e estéticas.