Memória e esquecimento

indagando por imagens de uma santa crucificada

Autores

  • Jaime de Almeida

Resumo

Dois artigos publicados no Boletim do CEIB (n.18, março de 2001, n.23, novembro de 2002) abriram caminho para se perguntar pelos passos de Santa Librada, ou Santa Comba, no Brasil e em Portugal, tema que não será explorado neste artigo. Há muitas controvérsias sobre uma santa crucificada, de origem galaico-portuguesa, cujas relíquias estão na catedral de Sigüenza desde o século XIII, trazidas da Aquitânia onde ela teria sido martirizada entre os séculos IV e VI. Há diferentes variações em que esta santa se chama Liberata ou Librada, ou Comba, Wilgefortis, Kümernis, Uncumber, etc., e às vezes se apresenta barbuda. A barba decorreria do equívoco dos romeiros que, ao passar por Lucca (na Toscana), viam o Cristo em Majestade conhecido como Il Volto Santo, cuja túnica lhes parecia uma roupa feminina. Em 1583, todas as variações da lenda se confundiram no Martirológio Romano. A Sagrada Congregação dos Ritos, decidiu em 1961, conduzir discreta e paulatinamente o culto a Santa Librada ao esquecimento.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

ICONOGRAFIA E ICONOLOGIA