ESTUDO DE SOLVENTES DE BAIXA TOXICIDADE EM SUBSTITUIÇÃO AO XILENO PARA A FORMULAÇÃO DE VERNIZES UTILIZADOS NA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE PINTURAS E DE ESCULTURAS POLICROMADAS

Autores

  • Mariah Boelsums
  • João Cura D’Ars de Figueiredo Junior
  • Luiz Antônio Cruz Souza

Palavras-chave:

Verniz, Solvente, Xileno, Toxicidade, Conservação-restauração

Resumo

Foram avaliados potenciais solventes ou sistemas de solvência para formulação de vernizes
compostos por quatro resinas: Damar, Laropal K80®, Paraloid B72® e Regalrez 1094®,
utilizados em procedimentos de Conservação-Restauração de pinturas e de esculturas
policromadas. Com o objetivo de encontrar solventes de menor toxicidade e igual ou superior
desempenho estético em relação ao solvente aromático xileno, o estudo considerou as seguintes
variáveis: viscosidade, pressão de vapor, brilho e toxicidade. O solvente acetato de isoamila                                                                P.A. apresentou resultados satisfatórios para as resinas Laropal K80®, Paraloid B72® e
Regalrez 1094®. O solvente acetato de etila P.A. apresentou bons resultados para Paraloid
B72®. As resinas Damar, Laropal K80® e Regalrez 1094® apresentaram resultados
satisfatórios com os sistemas de solventes acetato de etila (2,6mL) + cicloexano (7,4mL). A
formulação composta por acetato de isoamila (4,5mL) + cicloexano (5,5mL) foi adequada para
a formulação de todas as quatro resinas testadas. Todos os solventes propostos apresentam
níveis de toxicidade inferiores ao xileno.

Biografia do Autor

Mariah Boelsums

Doutoranda em Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestrado em Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019). Graduação em Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis pela Universidade Federal de Minas Gerais (2014), com ênfase em esculturas de madeira dourada e policromada. Foi professora e coordenadora do Curso Técnico em Conservação e Restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Atualmente é servidora da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.

João Cura D’Ars de Figueiredo Junior

Graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: bronze, ditiocarbamatos, corrosão do bronze e prata, ensaios eletroquímicos para avaliação de corrosão, nanopartículas de Ca(OH)2 para desacidificação de papéis. Atualmente, é professor efetivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na área de Química de Bens Culturais.

Luiz Antônio Cruz Souza

Graduação em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986), Mestrado em Química-Ciências e
Conservação de Bens Culturais pela Universidade Federal de Minas Geais (1991), Doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (1996), Estágio Pós-Doutoral na Universidade de Perugia, Itália junto ao Centro SMA. Art sob a coordenação do Prof. Antonio Sgamellotti (2014). Professor permanente do PPGArtes/EBA/UFMG, e do PACPS/Escola de Arquitetura/UFMG, coordenador do Lacicor/EBA/UFMG, Professor titular do curso de graduação em Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis, EBA/UFMG.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7052822499655835. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3241-211X.

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Publicado

2024-01-21

Edição

Seção

CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO