A IMAGEM PARA ALÉM DA FORMA. OU A VIAGEM DAS FORMAS. A ESCULTURA DEVOCIONAL NA EXPANSÃO PORTUGUESA (SÉCULOS XVXVIII):

MATERIAIS, CORRENTES, HIBRIDAÇÕES E ICONOGRAFIAS

Autores

  • Vítor Teixeira CEPESE

Palavras-chave:

Escultura, Iconografia, Índia portuguesa, Marfim, Oriente

Resumo

Este trabalho busca sintetizar a história da escultura devocional de origem portuguesa durante
o período de expansão ultramarina (séculos XV a XVIII). A partir de uma análise retrospetiva
da escultura religiosa em Portugal durante os períodos Românico e Gótico, serão exploradas as
tendências que surgiram, tanto na manutenção de modelos metropolitanos exportados pela
estratégia missionária de mimetização de gostos, formas e iconografias europeias (nas ilhas
Atlânticas e no Brasil), quanto na adaptação a outras culturas antigas e estruturadas, com
sistemas artísticos consolidados em outros continentes. A segunda perspetiva teve início com
os marfins afro-portugueses no século XV e evoluiu para uma gramática de hibridação ou
miscigenação artística no espaço do Índico (Índia Portuguesa, principalmente, também em
Ceilão), além da China e do Japão. No mundo indo-português, a escultura foi produzida em
conformidade com o modelo e estilística barroca metropolitana, adaptando-se às expressões
estéticas da costa do Malabar, Ceilão, China e Japão.

Biografia do Autor

Vítor Teixeira, CEPESE

Professor Associado na Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal, e investigador integrado do CEPESE
(Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade). Dedica-se ao ensino e desenvolvimento de pesquisa.
Investiga, especialmente, história e relações interculturais, principalmente com a Ásia, história comparada das religiões, arte e patrimônio (Extremo Oriente, principalmente China e Sudeste Asiático, e mundo islâmico), iconografia e semiótica e história das ordens religiosas.

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Publicado

2024-01-21

Edição

Seção

ASPECTOS HISTÓRICOS