A OURIVESARIA EM MINAS GERAIS:

Aproximação ornamental entre coroas de prata e a talha retabular

Autores

  • Maria Luiza Seixas de Souza e Silva

Palavras-chave:

Ourivesaria, Estilos retabulares, Relevos decorativos, Minas Gerais

Resumo

No Brasil e em especial no estado de Minas Gerais, os negócios entre ourives e contratantes foram
baseados na confiança. Nunca foi criado no país um meio legal e oficial de reconhecer a qualidade
dos metais preciosos por meio de marcas de contrastes e de punir os contraventores. Essa ilegalidade
contribuiu para que os artefatos produzidos nos séculos passados não possuam informações confiáveis
a respeito das oficinas produtoras, períodos em que foram produzidos ou os teores das ligas. Tais
marcas auxiliam os pesquisadores na datação do objeto e a falta dessa importante informação afeta
os diagnósticos preparados pelos conservadores. O objetivo desse trabalho é sugerir uma identificação
por afinidade temporal entre os estilos dos relevos encontrados nas talhas dos retábulos mineiros e
os elementos decorativos de um acervo de coroas de prata. Como as sociedades sempre foram
influenciadas pelos estilos e gostos de sua época, essa equivalência estética tem o potencial de
indicar aproximadamente o período a partir do qual os artefatos metálicos produzidos em Minas
Gerais podem ter sido confeccionados.

Biografia do Autor

Maria Luiza Seixas de Souza e Silva

Graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (1989); Mestre em Engenharia de Materiais pela REDEMAT (UFOP/UEMG) (2015-2017); Atua na indústria joalheira nas áreas de criação e concepção

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Publicado

2022-12-23

Edição

Seção

MATERIAIS E TÉCNICAS