Pintores, policromia e o viver em colônia

Autores

  • Célio Macedo Alves

Resumo

No momento em que se dá uma enfase enorme aos aspectos da policromia aplicada à imaginária, impõe-se como uma importante questão a ser abordada o papel do artista responsável por esse tipo de serviço, ou seja, o pintor. E mais especificamente do pintor atuante em Minas Gerais durante o período colonial.

É sabido que no caso da imaginária e também da talha são necessários dois tipos de ações diferentes, mas complementares, realizadas por oficiais distintos: antes, a do escultor/entalhador, e, depois, a do pintor/dourador. Importante salientar, neste sentido, que nem sempre a segunda ação seguia de imediato a primeira. O que se constata na documentação disponível é que a finalização da grande maioria das obras, com a aplicação da policromia e do douramento, demorava meses e às vezes anos a fio após o término da escultura ou do entalhe na madeira. O ouro e as tintas usadas nessa última fase, quase sempre importados, implicavam em gastos enormes para os encomendantes – as confrarias –, o que explica, em parte, essa defasagem na conclusão dos serviços.

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Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

ASPECTOS SOCIAIS