Abertura da exposição “GRASSAR”

No tempo do GRASSAR, não há linha reta: há curvas, dobras e retornos. O grupo composto por dez artistas-pesquisadores da Escola de Belas Artes da UFMG chega a uma década de percurso e ocupa o Centro Cultural da UFMG com uma exposição coletiva sob curadoria de Thalita Amorim e Victória Sofia.

Ao longo desses anos, o grupo constituiu um ateliê expandido, sem paredes, ponto de partida para os encontros, estadias e exposições. O Campus Cultural UFMG em Tiradentes, o Museu da Inconfidência em Ouro Preto e o Museu Mineiro em Belo Horizonte já foram palco para as ativações do grupo, que agora escolhe a Grande Galeria do Centro Cultural da UFMG como espaço de partilha dos trabalhos.

Convidamos o público para participar deste momento singular da trajetória deste grupo de pesquisa que celebra dez anos. Como nas palavras das curadoras: “celebrar dez anos de GRASSAR não é encerrar um ciclo, tampouco fixar um ponto ou um instante temporal, mas habitar a fresta: reconhecer na história do grupo a força afetiva que move sua continuidade e abrir caminho para que o verbo siga se propagando, inventando novas formas de presença e resistência.”

A abertura da exposição ocorrerá no dia 26 de setembro, às 19 horas, na Grande Galeria do Centro Cultural da UFMG (Av. Santos Dumont, 174) e poderá ser visitada até o dia 19 de outubro.

Texto de parede

Grassar é, entre muitos sentidos, alastrar: propagar-se no tempo e no espaço. É esse o movimento alicerçante do grupo de pesquisa que completa uma década de percurso em um tempo não-linear. Há retornos que se fundem ao agora, gerações que se cruzam, obras que se movem entre interesses individuais e comuns. Passado, presente e futuro se misturam, entre gestos que se transformam, memórias que ressurgem sob novas faces e lugares revisitados para serem reinventados.

O desejo de expansão do grupo, formado por artistas-professores e pesquisadores da Escola de Belas Artes da UFMG, mobilizou a construção simbólica de um ateliê sem paredes, sustentado pelo deslocamento, pela contaminação mútua e pelo entrelaçamento de processos singulares. Nos encontros, estadias e exposições em Belo Horizonte, Tiradentes e Ouro Preto, o espaço torna-se matéria de criação e faz da prática artística uma ação compartilhada.

Aos oito primeiros integrantes, somaram-se duas. Nessa equação afetiva que celebra os dez anos, agora são também dez os artistas que, juntos, constroem esse trabalho. Celebrar dez anos de GRASSAR não é encerrar um ciclo, tampouco fixar um ponto ou um instante temporal. É habitar a fresta: reconhecer as dobras e as curvas que habitamos, em múltiplos tempos e espaços, e abrir caminho para que o verbo siga se propagando, inventando novas formas de presença e resistência.

Artistas:

Andrea Lanna

Daisy Turrer

Elisa Campos

Fernanda Goulart

Liliza Mendes

Patricia Franca-Huchet

Roberto Bethônico

Rodrigo Borges

Thalita Amorim

Victória Sofia

Curadoria: 

Thalita Amorim e Victória Sofia

Currículo

GRASSAR: ações continuadas em arte reúne um grupo de artistas-professores e estudantes da Escola de Belas Artes da UFMG, cujo trabalho, realizado na dinâmica do intercâmbio, está norteado pela instância experimental da arte, em um exercício de pesquisa que conjuga diversas modalidades de conhecimento. Criado em 2015, o grupo realizou encontros de trabalho e criação no Campus Cultural UFMG em Tiradentes; exposições no Museu da Inconfidência em Ouro Preto, no Centro Cultural SESIMINAS Tiradentes Yves Alves, no Museu Mineiro em Belo Horizonte e no Quatro Cantos Espaço Cultural em Tiradentes e promoveu um colóquio com pesquisadores em artes no ano de 2017. Em uma década de atuação, o grupo realizou oito exposições coletivas, uma vídeo-exposição (no período da pandemia Covid-19), tendo ainda participado de seminários, conversas, jornadas de estudo e colóquios onde os integrantes puderam partilhar os processos e metodologias de trabalho do grupo. 

Nossa metodologia de trabalho apoia-se na perspectiva de um ateliê aberto, em que as trocas artísticas e institucionais conduzem as pesquisas pessoais dos membros do grupo, em aproximações e derivações capazes de propiciar, na multiplicidade dos encontros, a insurgência dos processos artísticos. Desse modo, o Grassar se  constitui como um espaço de interações processuais, constatando e construindo tangências e diálogos a partir do envolvimento do grupo com a universidade e outras instituições, na concepção de corpos de trabalhos a serem compartilhados com o público, em exposições e publicações diversas. Ao completar uma década de existência, o grupo prepara uma exposição comemorativa e uma publicação com textos e fotos para contar sua história.

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