Um dia você acorda pela manhã, vai até um caixa automático e usa seu cartão de crédito para sacar dinheiro. Ao retirá-lo do bolso, um raio de sol bate em um pequeno selo holográfico brilhante e iridescente, com a imagem tridimensional de uma pomba. Depois você entra em uma loja de software e escolhe comprar o último jogo de ação, em cuja embalagem você vislumbra outro selo holográfico tridimensional e luminoso. Aproveitando o dia, entra em uma loja de CD’s e escolhe um, que também possui um selo holográfico. E aquele novo papel de presente prateado e cheio de brilhos de várias cores? Holográfico também. Hoje em dia é bem fácil encontrar exemplos de hologramas em nosso dia a dia. A menos de dez anos atrás, isto não era tão comum assim. Novas técnicas e a padronização de métodos de fabricação, juntamente com a procura pelos clientes, tornaram possível este novo cenário, onde cada vez mais a holografia entra em nossas vidas.
A holografia provou ser uma tecnologia viável que pode ser integrada com sucesso em diversos tipos de produtos comerciais, incluindo campanhas publicitárias, promoções de marketing, segurança contra falsificações, objetos decorativos e obras de arte. À medida que esta tecnologia se desenvolve, novas aplicações certamente surgirão para aproveitar a sua fascinante capacidade de retratar objetos tridimensionais em um plano.
HOLOGRAFIA E FOTOGRAFIA
Apesar de frequentemente comparada à fotografia, a holografia é uma técnica radicalmente diferente. A holografia é baseada em princípios óticos que não são utilizados na fotografia, e hologramas têm propriedades físicas completamente diferentes de fotografias. A única semelhança entre eles é que ambos utilizam a luz para impressionar um material fotosensível (filme). A diferença mais gritante entre um holograma e uma fotografia, é a terceira dimensão que pode ser percebida no primeiro, através da dimensão e profundidade da imagem. Quando olhamos uma fotografia, por mais que nos movamos em relação à ela, a imagem permanece fixa em um ponto de vista. Nós percebemos apenas uma imagem plana e bidimensional mostrada na superfície do papel, composta de inúmeros pontos claros e escuros que constroem a imagem. Nossa mente sabe que aquele é um ponto de vista bidimensional de uma imagem tridimensional, mas a informação 3D não é registrada na foto.
Um holograma, por sua vez, também é plano, mas a imagem registrada nele não o é. Quando olhamos para um holograma e nos movemos em relação a ele, podemos perceber claramente a profundidade tridimensional da imagem. Podemos nos colocar de modo a ver atrás dos objetos que estão na frente da imagem. Esta propriedade é chamada paralaxe e está intimamente relacionada com o processo de percepção visual. A paralaxe é definida como o deslocamento aparente de um objeto observado devido à diferença entre dois pontos de vista. Nossos dois olhos percebem pontos de vista ligeiramente diferentes, que são combinados no cérebro para nos dar a impressão de tridimensionalidade e profundidade das imagens.