Pesquisa

Grupo de Pesquisa Cultura do Barro

O Grupo de Pesquisa Cultura do Barro reúne artistas/professores do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Belas Artes, da Escola Guignard e do curso de Antropologia (Fafich/UFMG), além de artistas e estudantes  da graduação e da pós-graduação de diferentes cursos. O grupo se dedica às pesquisas teórico/práticas relacionadas com a cultura do barro e da cerâmica, em suas derivações, em diálogo com diferentes saberes e fazeres, se reunindo na Escola de Belas Artes e na Estação Ecológica da UFMG. As ações do grupo têm como eixo um estado de experimentação permanente, como modo de investigação, dos diversos fazeres, das práticas de produção e dos sistemas construtivos envolvendo o barro, a cerâmica e suas tecnologias, em seus aspectos sociais, culturais e políticos na produção do trabalho autoral, seja ele individual ou coletivo.  Esse eixo também norteia a produção/realização de exposições e seminários  anuais, que se configuram como suportes para a reflexão teórica/prática e analítica da cultura material, em diversos povos e territorialidades, gerada a partir do trato com a cerâmica e o barro e de suas imbricações, cruzamentos e apropriações, assim como da resignificação das culturas ceramistas e do barro na arte e na construção da memória cultural.

Coordenação: Prof. Dr. João Augusto Cristeli e Adel Souki


Bureau de estudos sobre a imagem e o tempo

O Bureau de estudos sobre a imagem e o tempo, grupo de pesquisa, se dedica às práticas artísticas cujos propósitos se voltam para o estatuto da imagem com abordagem aberta à história, literatura, psicanálise e à antropologia do visual. Nós nos interrogamos sobre a imagem como acontecimento. Nos dedicamos à problemática da crítica e da escrita sobre a imagem, a dialética “arte e documento” e aos diversos contextos que a imagem concebe: histórico, artístico, econômico, político, cultural, etc.; contextos que jogam com a cenografia do nosso tempo, do nosso real, mas também de outras épocas, inclusive remotas. Podemos verificar que as imagens espelham o tempo. O que fazem o artista e o historiador com as imagens? Como escrever a história ou histórias com imagens? Qual é sua ressonância social e política? Nos perguntamos: em qual medida os discursos críticos voltados sobre as imagens determinam a maneira como as percebemos.

Coordenação: Profa. pesquisadora Dra. Patrícia Franca-Huchet


Estratégias da Arte numa Era de Catástrofes

O Grupo Estratégias da Arte numa Era de Catástrofes desenvolve estudos interdisciplinares, subsidiados pelo cruzamento de vários discursos teóricos e artísticos, avaliando a capacidade da arte em resignificar objetos culturais através de deslocamentos. Levamos em consideração duas vertentes: a primeira contempla os processos de produção da obra; a outra coloca em pauta a questão da identidade do artista a partir da noção do “artista como etnógrafo”, elaborada conceitualmente pelo historiador e crítico Hal Foster em The Return of the Real.

Outro problema que nos ocupa é a configuração do corpo e suas aparições na arte contemporânea, a partir da constatação de que a Shoah — o genocídio nazista — se configura como o lugar do trauma e aborda o entrelaçamento das duas problemáticas fundamentais da contemporaneidade: o corpo e a memória. O terrorismo de Estado na América Latina e as guerras do final do século XX e começos do XXI assimilam-se a esse paradigma. As recentes demandas de memoriais e monumentos para lembrar as catástrofes do século XX colocam os artistas ante o desafio de como e de que maneira lembrar.

Coordenação: Profa. Dra. Maria Angélica Melendi


GRASSAR – Grupo de pesquisa interdepartamental

Grassar reúne um grupo de artistas-professores da Escola de Belas Artes da UFMG, com o objetivo de promover práticas artísticas, a partir das experiências compartilhadas em pesquisas, exposições, colóquios, publicações e edições. A proposta se embasa na ideia de um ateliê aberto, em que os liames dos processos criativos se dão a ver na condição de engendramento, de disposição para o vir a ser, para o tornar-se, sem que qualquer outra finalidade seja mais determinante que essa própria força dos trabalhos, enquanto insurgência processual. O grupo reúne os artistas-professores Andréa Lanna, Daisy Turrer, Elisa Campos, Fernanda Goulart, Liliza Mendes, Patricia Franca-Huchet, Roberto Bethônico e Rodrigo Borges, alocados nos Departamentos de Artes Plásticas e Desenho. Suas pesquisas se abrem para além das linguagens específicas da pintura, do desenho, da gravura, da escultura e das artes gráficas, criando um campo híbrido, uma nova geografia a ser cartografada e potencializada por esses encontros, justamente pelos intercâmbios criados, provocados, promovidos.

Coordenação conjunta dos membros do grupo


LEVE – Laboratório de Estudos e Vivências da Espacialidade

Publicações:
2017 – LEU – Laboratório de expedições urbanas
2016 – PARE OLHE ESCUTE

Coordenação: Profa. Dra. Maria Elisa Campos do Amaral


Coleção Livro de Artista

A Coleção Livro de Artista da Universidade Federal de Minas Gerais é a primeira em uma biblioteca de universidade pública no Brasil. Iniciada em novembro de 2009 com a doação de um conjunto de livros de Alex Flemming, Guto Lacaz, Marilá Dardot e Paulo Bruscky. O acervo possui mais de 700 livros catalogados e atualmente é o maior do Brasil.

Coordenação: Prof. Dr Amir Brito Cadôr


NECI – Núcleo de Estudos da Cultura do Impresso

O Núcleo de Estudos da Cultura do Impresso (NECI) iniciou-se em junho de 1997 sob o empenho e a coordenação da Profa. Daisy Turrer, ao redor de um precioso material tipográfico doado pela Imprensa Universitária à Escola de Belas Artes da UFMG. Um grupo de professores pesquisadores de várias áreas se reuniu então, tendo como objeto de estudo comum, o estatuto da letra e suas derivações: livro, imagem, texto, gravura, oralidade, impressão, diagramação, etc. Conscientes do atual estágio da evolução da escrita, ora transportada do papel para as mídias digitais, e também dos impactos dessas mudanças em diversas áreas de criação e campos profissionais, os integrantes do Núcleo de Estudos da Cultura do Impresso propõem a realização de suas pesquisas integradas em diversas frentes.

Coordenação: Profa. Dra. Daisy Turrer


Cinco + Sete

O Projeto Cinco + Sete foi idealizado em 2003, por Andrea Lanna, Eugênio Paccelli Horta, Liliza Mendes, Mário Azevedo e Patrícia Franca, cinco artistas vindos de uma boa experiência de outros trabalhos juntos. Pensando em ampliar as possibilidades das tradicionais exposições coletivas, convidaram outros sete artistas para uma sequência de mostras (cada um dos primeiros cinco artistas convidou um outro e todos concordaram sobre convidar outros dois, mais jovens). Em 2004, a Pace Arte Galeria de Belo Horizonte, Minas Gerais, recebeu a proposta confiante, acolhendo a parceria (na pessoa de Leila Nogueira Pace).

Coordenação: Profa. Patrícia Franca e Prof. Mário Azevedo


Vias de Acesso

VIAS DE ACESSO reuniu proposições resultantes de pesquisas plásticas e conceituais dos artistas Andrea Lanna, Daisy Turrer, Elisa Campos, Eugênio Paccelli Horta, Lau Caminha Aguiar, Liliza Mendes, Patrícia Franca, Rodrigo Borges e Wanda Tofani que, em seus trabalhos, problematizam as linguagens tradicionais entrelaçando-as em múltiplas variáveis. A pintura, o desenho, a gravura, a escultura e a fotografia proporcionaram investigações sobre a superfície,sobre as relações entre bidimensionalidade e tridimensionalidade, a representação e os processos inerentes às práticas: releituras plásticas em abordagens advindas das pesquisas apresentaram-se na exposição como uma escrita do espaço.


 b-imagem

O projeto b-imagem foi desenvolvido nos anos de 2002 e 2003 pelo NArP – Núcleo de Arte e Pesquisa – coordenado por Patrícia Franca e Marcos Hilll, visando a criação de um banco de imagens de trabalhos dos professores-artistas do Departamento de Desenho da Escola de Belas Artes UFMG.
Durante o ano de 2002 foram escaneadas, tratadas e organizadas centenas de imagens dos trabalhos de 12 professores-artistas do Departamento de Desenho da EBA UFMG. São eles: Antônio Signorini, Carlos Wolney, Conceição Bicalho, Eugênio Paccelli Horta, Isabel Cristina, Jauver Bethônico, Marcelo Drummond, Marcelo Kraiser, Patrícia Franca, Roberto Bethônico, Vlad Eugen Poenaru e WandaTófani. Cada imagem tem informações sobre o título, a técnica, as dimensões e o ano de criação da obra representada.


Regras do Jogo

“Regras do Jogo ou o espaço inscrito Regras de uma Gramática que se institui como norma, padrão. Da língua ou das artes constrói-se o jogo, que é luta contra a morte. A morte da arte? Mas o jogo é vertigem, é risco, é liberdade. As combinações do jogo são possíveis tantos quantos são os modelos que a arte aponta em seu contexto, em sua cultura, em sua História. Da ordem à anarquia, da natureza à cultura os jogos são jogados. Apesar das regras, o jogo deixa acontecer a arte, ultrapassa tempo e espaço para entregar (oferenda) ao público expectador uma luta, um campo de batalha vivido e por viver no outro. O labor faz ruir a mística da inspiração. Exposição, galeria, mercado: lugar dos possíveis. Onde os corpos sensíveis se encontram construindo subjetividades e lugares anônimos. Regras do jogo 3 Paragens padrão (Duchamp), onde uma caixa de madeira mostra que o fora é o dentro. Novas forças, novas configurações e extensões de sentidos e medidas. Que cada artista tenha suas medidas, suas regras, que orientam seus processos, sua “interior invergadura”, mas o jogo aponta para outras paragens/paisagens. Paisagens do contemporâneo da arte pelas vias de Patrícia Franca a que faz o rodopio dos alunos artistas, enquanto professora”.

Trecho inicial do texto de apresentação da exposição escrito pela Profa. Vera Casanova FALE/UFMG. Coordenação: Profa. Patricia Franca